No últimos post
iniciamos a abordagem dos índices econômicos utilizados para balizar os nossos
investimentos e outros produtos da economia nacional. Neste post daremos
continuidade a essa abordagem de forma mais simples e direta.
Taxa SELIC – Sistema Especial de Liquidação de Custódia
A taxa SELIC é um índice pelo qual as taxas de juros
cobradas pelos bancos no Brasil se balizam. A taxa é uma ferramenta de política
monetária utilizada pelo Banco Central do Brasil para atingir a meta das taxas
de juros estabelecida pelo Comitê de Política Monetária (Copom). A taxa
overnight do (SELIC), é a taxa média ponderada pelo volume das operações de
financiamento por um dia, lastreadas em títulos públicos federais e realizadas
no SELIC, na forma de operações compromissadas. A taxa é expressa na forma
anual (anualizada). [Fonte: Wikipédia]
Conforme o Banco
Central do Brasil o conceito de taxa Selic é:
É a taxa apurada no
Selic, obtida mediante o cálculo da taxa média ponderada e ajustada das
operações de financiamento por um dia, lastreadas em títulos públicos federais
e cursadas no referido sistema ou em câmaras de compensação e liquidação de
ativos, na forma de operações compromissadas. Esclarecemos que, neste caso, as
operações compromissadas são operações de venda de títulos com compromisso de
recompra assumido pelo vendedor, concomitante com compromisso de revenda
assumido pelo comprador, para liquidação no dia útil seguinte. Ressaltamos,
ainda, que estão aptas a realizar operações compromissadas, por um dia útil,
fundamentalmente as instituições financeiras habilitadas, tais como bancos,
caixas econômicas, sociedades corretoras de títulos e valores mobiliários e
sociedades distribuidoras de títulos e valores mobiliários.
Trocando
em miúdos...
A taxa SELIC é a
taxa de juros básica da economia. Todos os financiamentos, empréstimos e alguns
INVESTIMENTOS são baseados nela. Quanto mais alta ela for, mais “caro” é o
crédito no Brasil, ou seja, os juros dos empréstimos sobem. A meta anual da
SELIC é definida a cada 40 dias através das reuniões do COPOM e na última
reunião a meta foi elevada para 13,25%, valor expressivo para os últimos anos
como pode ser visto abaixo.
Taxa Selic – Fonte: Banco Central
do Brasil
Cenário atual
Com a taxa SELIC a
13,25% a.a., o momento acaba não sendo atrativo para financiamentos.
Recentemente a CEF (Caixa Econômica Federal) subiu os juros dos seus
financiamentos imobiliários devido (entre outros fatores) ao aumento da SELIC. Os
bancos em geral também acabaram subindo os juros de cheque especial e demais
produtos. Você deve estar pensando: Porque subir a SELIC se isso complica a vida
da população? O que acontece, é que devido a problemas políticos, aumento do
dólar, queda do preço do minério de ferro, corrupção na Petrobrás, entre outros
fatores, o resto do mundo acaba ficando com medo de investir no Brasil e perder
dinheiro. Para atrair investimentos o governo aumenta os juros de forma a angariar
dinheiro externo e interno, possibilitando melhoria na produção industrial,
desenvolvimento e melhoria da produtividade, redução de custos, automaticamente
redução de preços (mundo perfeito), aumento das compras, redução da inflação e
com o país mais “saudável” financeiramente, a taxa de juros pode ser reduzida
dentro de um círculo virtuoso. Bonito na teoria, complicadíssimo na prática.
Exemplo prático: Você possui um
financiamento na CEF, com uma taxa de juros anual total (Taxa + TR + etc.) de
9,5%. Seu saldo devedor é de R$ 100.000,00. Você acabou de receber um bônus da
sua empresa no valor de R$ 100.000,00 (Neste caso você seria um diretor da
Petrobrás). Se a SELIC estivesse abaixo de 9,5% a melhor opção seria utilizar o
dinheiro para quitar a dívida, evitando o pagamento dos 9,5% de juros anuais.
Porém, se a SELIC é de 13,25%, o melhor cenário seria você não quitar o seu
financiamento e investir por exemplo em uma renda fixa que pague aproximadamente
80% da SELIC (Disponível em qualquer banco e será explorada mais adiante). Com
isso, além de pagar a dívida você terá um rendimento de mais de 1% a.a. sobre o
valor total, tornando o segundo cenário mais atrativo que o primeiro e sem
nenhum risco.
Ou seja...!
Com os juros
elevados, faça dívidas somente se não houver possibilidade de postergação. O
melhor cenário, caso você tenha algum dinheiro guardado, é não comprar nada e investir
em renda fixa (acima da inflação é claro). Agora, é possível que com a
dificuldade de crédito, alguns produtos como imóveis e automóveis venham a ter
seus preços reduzidos e quem sabe você até consiga pagar a vista, ter um
desconto gigante e fazer um ótimo negócio. Ponha tudo na ponta do lápis e tome
sua decisão. Se precisar de ajuda nas contas, envie um e-mail para investindosemmedo@gmail.com com
as suas dúvidas. Será um prazer ajudar.
Nenhum comentário:
Postar um comentário