sexta-feira, 8 de maio de 2015

Taxa SELIC – Sistema Especial de Liquidação de Custódia


No últimos post iniciamos a abordagem dos índices econômicos utilizados para balizar os nossos investimentos e outros produtos da economia nacional. Neste post daremos continuidade a essa abordagem de forma mais simples e direta.


Taxa SELIC – Sistema Especial de Liquidação de Custódia

A taxa SELIC  é um índice pelo qual as taxas de juros cobradas pelos bancos no Brasil se balizam. A taxa é uma ferramenta de política monetária utilizada pelo Banco Central do Brasil para atingir a meta das taxas de juros estabelecida pelo Comitê de Política Monetária (Copom). A taxa overnight do (SELIC), é a taxa média ponderada pelo volume das operações de financiamento por um dia, lastreadas em títulos públicos federais e realizadas no SELIC, na forma de operações compromissadas. A taxa é expressa na forma anual (anualizada). [Fonte: Wikipédia]
Conforme o Banco Central do Brasil o conceito de taxa Selic é:
É a taxa apurada no Selic, obtida mediante o cálculo da taxa média ponderada e ajustada das operações de financiamento por um dia, lastreadas em títulos públicos federais e cursadas no referido sistema ou em câmaras de compensação e liquidação de ativos, na forma de operações compromissadas. Esclarecemos que, neste caso, as operações compromissadas são operações de venda de títulos com compromisso de recompra assumido pelo vendedor, concomitante com compromisso de revenda assumido pelo comprador, para liquidação no dia útil seguinte. Ressaltamos, ainda, que estão aptas a realizar operações compromissadas, por um dia útil, fundamentalmente as instituições financeiras habilitadas, tais como bancos, caixas econômicas, sociedades corretoras de títulos e valores mobiliários e sociedades distribuidoras de títulos e valores mobiliários.
Trocando em miúdos...
A taxa SELIC é a taxa de juros básica da economia. Todos os financiamentos, empréstimos e alguns INVESTIMENTOS são baseados nela. Quanto mais alta ela for, mais “caro” é o crédito no Brasil, ou seja, os juros dos empréstimos sobem. A meta anual da SELIC é definida a cada 40 dias através das reuniões do COPOM e na última reunião a meta foi elevada para 13,25%, valor expressivo para os últimos anos como pode ser visto abaixo.


Taxa Selic – Fonte: Banco Central do Brasil

Cenário atual
Com a taxa SELIC a 13,25% a.a., o momento acaba não sendo atrativo para financiamentos. Recentemente a CEF (Caixa Econômica Federal) subiu os juros dos seus financiamentos imobiliários devido (entre outros fatores) ao aumento da SELIC. Os bancos em geral também acabaram subindo os juros de cheque especial e demais produtos. Você deve estar pensando: Porque subir a SELIC se isso complica a vida da população? O que acontece, é que devido a problemas políticos, aumento do dólar, queda do preço do minério de ferro, corrupção na Petrobrás, entre outros fatores, o resto do mundo acaba ficando com medo de investir no Brasil e perder dinheiro. Para atrair investimentos o governo aumenta os juros de forma a angariar dinheiro externo e interno, possibilitando melhoria na produção industrial, desenvolvimento e melhoria da produtividade, redução de custos, automaticamente redução de preços (mundo perfeito), aumento das compras, redução da inflação e com o país mais “saudável” financeiramente, a taxa de juros pode ser reduzida dentro de um círculo virtuoso. Bonito na teoria, complicadíssimo na prática.
Exemplo prático: Você possui um financiamento na CEF, com uma taxa de juros anual total (Taxa + TR + etc.) de 9,5%. Seu saldo devedor é de R$ 100.000,00. Você acabou de receber um bônus da sua empresa no valor de R$ 100.000,00 (Neste caso você seria um diretor da Petrobrás). Se a SELIC estivesse abaixo de 9,5% a melhor opção seria utilizar o dinheiro para quitar a dívida, evitando o pagamento dos 9,5% de juros anuais. Porém, se a SELIC é de 13,25%, o melhor cenário seria você não quitar o seu financiamento e investir por exemplo em uma renda fixa que pague aproximadamente 80% da SELIC (Disponível em qualquer banco e será explorada mais adiante). Com isso, além de pagar a dívida você terá um rendimento de mais de 1% a.a. sobre o valor total, tornando o segundo cenário mais atrativo que o primeiro e sem nenhum risco.
Ou seja...!
Com os juros elevados, faça dívidas somente se não houver possibilidade de postergação. O melhor cenário, caso você tenha algum dinheiro guardado, é não comprar nada e investir em renda fixa (acima da inflação é claro). Agora, é possível que com a dificuldade de crédito, alguns produtos como imóveis e automóveis venham a ter seus preços reduzidos e quem sabe você até consiga pagar a vista, ter um desconto gigante e fazer um ótimo negócio. Ponha tudo na ponta do lápis e tome sua decisão. Se precisar de ajuda nas contas, envie um e-mail para investindosemmedo@gmail.com com as suas dúvidas. Será um prazer ajudar.

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