quinta-feira, 7 de maio de 2015

IPCA - Índice Nacional de Preços as Consumidor Amplo

Investindo sem Medo

Neste post, começaremos a analisar índices que são balizadores de referência para nossa economia e ,por consequência, afetam nossos investimentos. O primeiro deles é o principal índice de medida da inflação.


IPCA – Índice Nacional de preços ao consumidor amplo

Um pouco de história... A inflação é o aumento persistente e generalizado no valor dos preços dos bens e serviços. A noção de inflação surgiu em torno de 1838. Na prática ela resulta numa perda do poder de aquisição de uma moeda. Está ligada a várias causas, mas a principal é a emissão de papel-moeda pelo governo para cobrir gastos crescentes do Estado. Isso faz com que haja um volume maior de dinheiro em circulação no mercado, porém sem criação de riqueza ou aumento de produção. Daí é necessário maior quantidade de dinheiro para adquirir a mesma quantidade de produto, resultando em inflação.
Há várias formas para medir a inflação em uma economia. No Brasil, o principal índice é o IPCA. No final da década de 1990, o Conselho Monetário Nacional estabeleceu o IPCA do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) como o índice oficial de inflação no Brasil. Porém, o mesmo é calculado desde 1980.

Como funciona?
O Sistema Nacional de Preços ao Consumidor - SNIPC efetua a produção contínua e sistemática de índices de preços ao consumidor tendo como unidades de coleta estabelecimentos comerciais e de prestação de serviços, concessionária de serviços públicos e domicílios (para levantamento de aluguel e condomínio). A população-objetivo do IPCA abrange as famílias com rendimentos mensais compreendidos entre 1 (hum) e 40 (quarenta) salários-mínimos, qualquer que seja a fonte de rendimentos, e residentes nas áreas urbanas das regiões (isso equivale a aproximadamente 90% das famílias brasileiras).

Histórico do IPCA no Brasil

Cenário atual
Após as medidas de estabilização da economia advindas do Plano Real, o IPCA caiu vertiginosamente, visto as taxas registradas nos anos anteriores. A partir de 2003, as taxas estão abaixo de 02 dígitos. Porém, nos últimos anos a inflação cresce vagarosamente, porém de forma persistente, fechando 2014 a 6,40% ao ano. Um grande pacote fiscal vem sendo implantado pelo governo para frear o IPCA, o qual veremos os resultados ao longo dos próximos 02 anos.
Como a inflação corrói o poder de compra do dinheiro, nossa meta de investimentos deve ser focada em SEMPRE ter rendimentos acima da inflação. Caso contrário, estaremos perdendo dinheiro ao longo dos anos.
Exemplo prático: Se você é empregado de uma empresa com carteira assinada, mensalmente seu empregador deposita (ou deveria depositar) uma quantia numa conta na Caixa Econômica Federal denominada FGTS (Fundo de garantia por tempo de serviço). Esse fundo serve como uma garantia para o trabalhador sacar em caso de perda do emprego. O FGTS é corrigido pela TR* (Taxa Referencial) + 3% ao ano (a.a.). Como essa correção não supera a inflação desde 1999, o seu saldo do FGTS ano a ano vêm ficando defasado em relação ao poder de compra. Isso tem gerado inúmeras ações judiciais Brasil afora, as quais requerem ao governo que corrija o FGTS por outro índice acima ou pelo menos igual ao IPCA.
*A TR (Taxa Referencial) é um índice de referência de juros da economia brasileira, calculado a partir de quanto os bancos pagam por seus empréstimos. Alguns investimentos são baseados na TR, como a poupança e empréstimos de habitação.
Caso queria acompanhar a TR e seu histórico, você pode acessar o link abaixo:

Ou seja...!
Você deve estar pensando “Com a economia como está, bem que eu podia investir na inflação, para no mínimo evitar perdas...” E a resposta que te dou é: Sim! É possível investir como base na inflação. Nos próximos posts vamos continuar falando das taxas básicas de referência e de investimentos que você já pode fazer para não perder tempo em ganhar dinheiro.
Até a o próximo post! 

Nenhum comentário:

Postar um comentário