Investindo sem Medo
Neste post,
começaremos a analisar índices que são balizadores de referência para nossa
economia e ,por consequência, afetam nossos investimentos. O primeiro deles é o
principal índice de medida da inflação.
IPCA – Índice Nacional de preços ao consumidor amplo
Um pouco de
história... A inflação é o aumento persistente e generalizado
no valor dos preços dos bens e serviços. A noção de inflação surgiu em torno de
1838. Na prática ela resulta numa perda do poder de aquisição de uma moeda.
Está ligada a várias causas, mas a principal é a emissão de papel-moeda pelo
governo para cobrir gastos crescentes do Estado. Isso faz com que haja um
volume maior de dinheiro em circulação no mercado, porém sem criação de riqueza
ou aumento de produção. Daí é necessário maior quantidade de dinheiro para
adquirir a mesma quantidade de produto, resultando em inflação.
Há várias formas
para medir a inflação em uma economia. No Brasil, o principal índice é o IPCA.
No final da década de 1990, o Conselho Monetário Nacional estabeleceu o IPCA do
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) como o índice oficial de
inflação no Brasil. Porém, o mesmo é calculado desde 1980.
Como
funciona?
O Sistema Nacional
de Preços ao Consumidor - SNIPC efetua a produção contínua e sistemática de
índices de preços ao consumidor tendo como unidades de coleta estabelecimentos
comerciais e de prestação de serviços, concessionária de serviços públicos e
domicílios (para levantamento de aluguel e condomínio). A população-objetivo do
IPCA abrange as famílias com rendimentos mensais compreendidos entre 1 (hum) e
40 (quarenta) salários-mínimos, qualquer que seja a fonte de rendimentos, e
residentes nas áreas urbanas das regiões (isso equivale a aproximadamente 90%
das famílias brasileiras).
Histórico
do IPCA no Brasil
Cenário atual
Após as medidas de
estabilização da economia advindas do Plano Real, o IPCA caiu vertiginosamente,
visto as taxas registradas nos anos anteriores. A partir de 2003, as taxas
estão abaixo de 02 dígitos. Porém, nos últimos anos a inflação cresce
vagarosamente, porém de forma persistente, fechando 2014 a 6,40% ao ano. Um
grande pacote fiscal vem sendo implantado pelo governo para frear o IPCA, o
qual veremos os resultados ao longo dos próximos 02 anos.
Como a inflação
corrói o poder de compra do dinheiro, nossa meta de investimentos deve ser
focada em SEMPRE ter rendimentos acima da inflação. Caso contrário, estaremos
perdendo dinheiro ao longo dos anos.
Exemplo prático: Se você é
empregado de uma empresa com carteira assinada, mensalmente seu empregador
deposita (ou deveria depositar) uma quantia numa conta na Caixa Econômica
Federal denominada FGTS (Fundo de garantia por tempo de serviço). Esse fundo
serve como uma garantia para o trabalhador sacar em caso de perda do emprego. O
FGTS é corrigido pela TR* (Taxa Referencial) + 3% ao ano (a.a.). Como essa
correção não supera a inflação desde 1999, o seu saldo do FGTS ano a ano vêm
ficando defasado em relação ao poder de compra. Isso tem gerado inúmeras ações
judiciais Brasil afora, as quais requerem ao governo que corrija o FGTS por
outro índice acima ou pelo menos igual ao IPCA.
*A TR (Taxa Referencial) é um
índice de referência de juros da economia brasileira, calculado a partir de
quanto os bancos pagam por seus empréstimos. Alguns investimentos são baseados
na TR, como a poupança e
empréstimos de habitação.
Caso queria acompanhar a TR e seu histórico,
você pode acessar o link abaixo:
Ou seja...!
Você deve estar
pensando “Com a economia como está, bem que eu podia investir na inflação, para
no mínimo evitar perdas...” E a resposta que te dou é: Sim! É possível investir
como base na inflação. Nos próximos posts vamos continuar falando das taxas
básicas de referência e de investimentos que você já pode fazer para não perder
tempo em ganhar dinheiro.
Até
a o próximo post!
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