Neste post, analisaremos uma modalidade de investimento em renda fixa um pouco mais sofisticado (não pelo funcionamento, mas que depende um pouco mais de análise): As Debêntures.
Debêntures – o que são?
As Debêntures na verdade são uma
forma de as empresas se financiarem através de terceiros, pagando uma taxa de
juros por esse financiamento. Funciona como um empréstimo que podemos fazer à
empresas que estão se financiando no mercado, seja para expandir suas
operações, seja para novos investimentos em redução de custos, etc.
Como
funciona?
Imagine que você, hipoteticamente,
empreste dinheiro a um amigo e no ato do empréstimo, vocês combinem uma taxa de
juros mensal de “X% ao mês”, com prazo de pagamento de 1 ano. Seu amigo te procurou porquê precisa do dinheiro,
e a taxa cobrada pelo banco ao mês pelo mesmo empréstimo é muito superior à que
vocês acordaram. As Debêntures funcionam da mesma forma.
Assim como “emprestamos” dinheiro
ao governo através das LCAs e LCIs, e aos bancos através dos CDBs, a Debênture
é um empréstimo a uma empresa, a qual possui uma taxa de juros previamente acordada
em função deste empréstimo, com data marcada para devolução do valor emprestado.
Geralmente, esses juros são fixos ou atrelados a algum índice (por ex.: 6,0% ao
ano + IPCA). As empresas preferem se financiar com pessoas físicas ao invés de
bancos, pois a taxa de juros que você cobrará delas certamente é bastante
inferior à uma taxa de empréstimo junto a um banco.
Isso tudo se traduz em ótimas
opções de investimento de longo prazo, pois notadamente rendem mais do que os
tradicionais investimentos do mercado.
Para investir em Debêntures, há a
necessidade de cadastro em uma corretora de valores mobiliários. Esse cadastro
nós já detalhamos no primeiro post falando do Tesouro Direto. O processo é o
mesmo.
Quando falamos de
investimentos, sempre temos que avaliar os riscos. O risco deste tipo de
investimento é relativamente baixo, porém não é inexistente. Por exemplo: a
empresa para a qual você está emprestando pode falir durante a vigência da sua
Debênture. Se isso acontecer, há riscos de você não receber o principal. Então,
investir em empresas sólidas é essencial. Não digo isso pra assustar ninguém, pois risco existe em todos os investimentos (Poupança, LCA, CDB, LCI, Tesouro direto, Imóveis, etc...). Mas, é sempre bom saber onde estamos pisando, conhecendo os riscos.
Há várias proteções para o
investidor em debêntures. Uma delas é que há um burocrático caminho com uma
série de exigência à empresa para que ela emita debêntures, comprovando sua solidez
econômica. Só que nada nunca é garantido quando falamos em investimentos...
Cenário atual
Com as taxas de juros em alta, as empresas que
precisam se financiar também estão pagando taxas mais altas quando tomam
dinheiro através de Debêntures. Então, vale a pena dar uma pesquisada nas
opções disponíveis no mercado.
Ou seja...!
O momento atual é propício a investir também em
Debêntures. Porém, o risco é moderado, e só aconselho isso à investidores um
pouco mais experientes.
É importante, antes de investir, ler TODO o
prospecto emitido pela empresa que está oferecendo a debênture, e questionar as
dúvidas junto à empresa/corretora antes de fechar qualquer contrato.
Lembre-se que Debêntures são títulos geralmente de
longo prazo, então não é bom contar com esse dinheiro antes do prazo acordado.
Há opções de vendas desses títulos antes do vencimento, porém com pouca
liquidez.
Também nunca é bom colocar “todos os ovos num mesmo
cesto”. Diversificar os seus investimentos sempre traz segurança. Nunca aplique
todo seu capital em apenas um tipo de investimento.
Fiquem à vontade para opinar sobre este post. Comentem!
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